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O drama da violência

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Não há dúvidas que a violência é uma das questões que mais afligem os cidadãos brasileiros. Diariamente, tomamos ciência dos inúmeros crimes praticados nas nossas cidades e mesmo na zona rural.
Os delitos contra o patrimônio trazem grande preocupação, já que ocorrem sem o mínimo controle das Autoridades. A cada dia, centenas de pessoas são assaltadas, outras tantas têm seus veículos subtraídos, com e sem violência, e as residências já não são mais o abrigo seguro das pessoas, já que os ladrões nelas penetram e, algumas vezes, levam tudo o que encontram: móveis, eletrodomésticos, joias, dinheiro e objetos outros. Chegamos ao ponto de ficarmos felizes quando os larápios apenas levam os nossos pertences sem nos lesionar, violentar ou até mesmo matar.
Enquanto isto, as Autoridades se mostram arturdidas. Não adotam quaisquer providências sérias que reduzam tamanha violência. Os homicídios pululam e os estupros acontecem com frequência. Infelizmente, esses crimes foram banalizados e já não causam indignação ou revolta na população.
Enquanto isto se busca minorar a situação apenas e tão somente através de medidas repressivas, ou seja, com prisões e penas cada vez maiores. As penas, como se constata com facilidade, não atingem o objetivo que a sociedade almeja, já que os presidiários acabam saindo piorados após o tempo de cárcere. A maior constatação de que a prisão é um sério fator que contribui para a criminalidade é o percentual superior a 70% dos que deixam os presídios e voltam a praticar crimes. O Brasil detém uma das maiores populações carcerárias do mundo e, apesar disso, a criminalidade não para de crescer. incontáveis presídios são construídos a cada ano. Apesar disso, a superlotação carcerária é uma realidade em todos eles. No interior desses presídios, funcionam verdadeiros escritórios das mais perigosas Organizações Criminosas, sem que o Estado nada faça para coibir tal prática. Outrossim o tráfico de drogas, fator que mais contribui para a criminalidade violenta, não é enfrentado de forma adequada, porque o seu combate não convém a alguns dos nossos dirigentes.
Investir em medidas preventivas é uma solução que deve ser buscada imediatamente. A prevenção, com medidas sociais adequadas, tais como investimento efetivo na educação, através de escolas em tempo integral; na família e no esporte, para propiciar aos jovens atividades sadias e capazes de prepará-los para que se tornem cidadãos responsáveis e úteis à comunidade. A par disto, necessário se torna a implementação de meios que revivam a cultura aos princípios e os valores morais, além de despertar o hoje inexistente patriotismo. Constata-se que há um verdadeiro desperdício de espaços públicos que deveriam estar sendo aproveitados para oportunizar lazer e preparo à juventude. Ditos espaços ficam ociosos em parte dos dias e, especialmente, nos finais de semana, quando poderiam estar servindo de palco para atividades culturais e desportivas destinadas à juventude. Sem ocupação sadia, parte desta juventude acaba cooptada pela Horda de traficantes no comércio das droga. Se o Estado não ocupa o espaço que é seu, o tráfico passa a ocupá-lo até mesmo provendo as necessidades que o poder público nega à população.
Infelizmente, o futuro especialmente da nossa juventude é o pior possível. Quase sempre, e ainda cedo, acabam presos ou mortos.
Necessário se torna que nos conscientizemos da responsabilidade que nos cabe como cidadãos e, através das diversas entidades (associações, clubes de serviço, igrejas, etc.), ou mesmo individualmente, passemos a nos dedicar ao esforço de diminuir as agruras que a criminalidade representa.

*Texto publicado na Revista ID Magazine - edição 04 - Dezembro/2015

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